Esgoto-me de vai-se andando devagarinho, de marcar passo sem sair do lugar.
E se amanhã não chover vai estar um lindo dia de sol...
Farto-me com os assim assim e há tempo para tudo.
Não há! Não há tempo para nada que ele é escorregadio e quem escorrega também cai.
Já não ouço as vozes de burro e nunca chegarão ao céu.
Não passarão pelo gato escondido com algo de fora que já não usava as botas que o fizeram senhor, trocara-as pelas outras que lambia.
Lambia agora as feridas, deixadas pelas palavras que o vento não levou e não esqueceu.
Depois apareceu o outro que quando nasce é para todos, mas é menos dos que vão pela sombra e mais dos que gostam de se queimar.
Ainda me surpreendo com o há males que vêm por bem, sem entender que mal é esse que me quer bem.
Bem me quer ou mal me quer, recolhe as folhas que te pretendem arrancar.
Arranco à papo seco para ir buscar o pão que o diabo amassou, onde o dito também perdeu as botas que roubou ao gato.
Penso que nem tudo o que vem à rede é peixe e que para o apanhar, às vezes temos de molhar o cú.
Corro em direção da própria imavera que não acaba por morrer a andorinha, mas que tudo quer e tudo perdeu.
Animo-me com o sonho que comanda a vida e com aquele que desperto, a guia sozinho, ajusta as velas e encontra o caminho do vento favorável.
Mas mais vale ser do que parecer e nenhum pássaro na mão e todos a voar.
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