Lembro-me do Mar que se fazia distância, aproximando os incautos pescadores do abismo da sorte, levando-os pela mão ao início da Morte.
Lembro-me de morrer sem saber se vivi, se escolhi assim, ou se me esqueci.
Lembro-me de dias cinzentos e de lançar o anzol, numa espera fortuita de um beijo do sol.
Lembro-me de sons de cristal e de peixes vorazes por gotas de sal.
Lembro-me das forças contrárias, destinadas a destinar e de destinos perdidos e por encontrar.
Lembro-me do que me lembro, sem ter saído daqui.
Lembro-me do que esqueci, no dia em que morri...
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