Ela não chora por eles, liberta-os da culpa e do fardo de amar.
Dos outros que se desfizeram pelo tempo, ou por incompatibilidades várias, ou apenas porque eram grandes demais para permanecer, sobrou, a amizade presente, a distante, a ausente, continuam a caminhar nas paisagens várias e ficaram para sempre, guardados nas pegadas da alma dela.
Do Amor que a espera no fundo da praia não sabe ainda se vem para ficar, nunca sabe, apenas segue com a espuma do mar, os desígnios da vida e do coração.
Dela dizem que tem um coração grande, onde cabem todos os amores, mas ela lembra-se bem de quando ele era frágil, de quando foi quebrado e de quando se fez forte e pede-lhe apenas que se lembre de ser doce, de bater pelos outros, de não desistir do amor.
Ele responde-lhe sempre:
- Sabes que sou incapaz de desistir, mesmo quando finjo tão bem.
Assim, seguem os dois, amando o desconhecido e todos os amores por começar.